sábado, 14 de julho de 2012

Geografia (8)




ameriaca

Cristóvão Colombo morreu em 1506 convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias. No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo. Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".
Incluídas as ilhas, a América tem uma superfície superior a 42 milhões de quilômetros quadrados, o que representa a maior massa continental do planeta depois da euroasiática. Entre o extremo setentrional (o cabo Barrow, 72o de latitude N) e o meridional (o cabo Horn, 52o de latitude S), medeia uma distância de mais de 14.000km, embora a disposição do território não siga a linha dos meridianos, porquanto a América do Norte se situa mais para oeste que a do sul. A linha do equador passa ao norte de Quito e atravessa a foz do rio Amazonas, o que significa que a maior parte da América encontra-se no hemisfério norte.
Tradicionalmente distinguem-se dois grandes conjuntos territoriais, os subcontinentes norte-americano e sul-americano, unidos pela série de istmos que compõem a América Central (região do golfo de Tehuantepec, no México, Guatemala, Nicarágua e Panamá) e pelo conjunto de arquipélagos do mar do Caribe. No extremo norte, o continente americano limita-se com o oceano Glacial Ártico; o estreito de Bering, a noroeste, separa-o da Ásia (85km no ponto mais próximo), enquanto a ilha da Groenlândia, a maior do mundo, constitui o limite da América do Norte em seu extremo nordeste. Os oceanos Atlântico e Pacífico separam o Novo Mundo, por leste e oeste, respectivamente, do resto das terras emersas do planeta.
Na América, as costas do Ártico são as mais recortadas, e apresentam grandes baías (Hudson, Baffin), numerosas ilhas (Groenlândia, Banks, Victoria, Melville, Sverdrup, Ellesmere, Devon e Terra de Baffin, entre outras), cabos (Lisburne, Icy, Barrow, Príncipe Alfredo, Columbia e Chidley) e penínsulas (Boothia, Melville, Ungava e Labrador). O litoral do Pacífico, isolado por uma linha contínua de cordilheiras, do extremo norte ao sul, é alto e retilíneo, exceto nas áreas do Canadá (ilhas de Alexandre, Rainha Carlota e Vancouver) e da Patagônia (ilhas de Chiloé, Chonos, Wellington e Santa Inês), onde é possível apreciar as marcas deixadas pela erosão glacial. Outros acidentes costeiros são as penínsulas do Alasca, da Califórnia, e do Taitao; os golfos do Alasca, da Califórnia, do Panamá, de Guayaquil e de Corcovado; e os cabos de Mendoncino, San Lucas, Corrientes, Punta Pariñas, Punta Aguja e Punta Carretas.
A costa atlântica é recortada e profunda ao norte do cabo Hatteras (Estados Unidos), na Venezuela e na Patagônia, e arenosa e retilínea nas demais regiões. As ilhas mais importantes são Terranova, Bermudas, Bahamas, Antilhas e Malvinas. Entre as penínsulas destacam-se as da Nova Escócia, da Flórida e de Yucatán. Os golfos mais importantes são os de São Lourenço, do México, dos Mosquitos, de Darién, da Venezuela, de Bahía Blanca, de San Matías, de San Jorge e de Bahía Grande. Entre os principais estuários destacam-se o do Amazonas e o do rio da Prata. Entre os cabos mais significativos figuram o Hatteras, o Sable, o Catoche, o Gallinas, o de São Roque, o Santa María Grande, Punta del Este, o Tres Puntas e o Horn, que completam a linha costeira ocidental do continente americano.
Geografia física
Geologia e relevo. Os primeiros terrenos formaram-se na era paleozóica, em conseqüência dos dobramentos caledoniano e huroniano; data dessa fase geológica o escudo canadense, então unido ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América Central e norte da Europa), e o escudo do Brasil e das Guianas, unido ao continente de Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica). O dobramento herciniano, na última fase da era primária, deu lugar à formação dos montes Apalaches, na região oriental dos Estados Unidos.
Na era mesozóica ocorreu a separação do escudo sul-americano, que se tornou um continente independente. Na era geológica seguinte, a terciária, a América do Norte separou-se da Europa e o novo continente viu-se afetado pelos dobramentos da orogenia alpina, que deram lugar à formação das montanhas Rochosas, das cordilheiras da América Central e dos Andes.
Na parte oriental da América do Norte, o escudo canadense apresenta uma superfície muito erodida, com marcas da ação glacial do quaternário e formações montanhosas baixas na direção nordeste-sudoeste; o monte Mitchel (2.037m) é a maior elevação dos Apalaches. Mais para oeste, no centro do subcontinente, estende-se uma região de grandes planícies, bacias fluviais e, em seguida, uma grande cadeia de montanhas orientada de noroeste a sudeste e constituída por diversos conjuntos. Ao norte acham-se as cordilheiras do Alasca e de Brooks e os montes Mackenzie, nos quais se verificam altitudes elevadas, como os montes McKinley (6.194m), Logan (6.050m) e St. Elias (5.489m). As montanhas Rochosas apresentam várias ramificações (cordilheira Costeira, serra das Cascatas, cadeia Costeira, serra Nevada e cordilheira Wasatch) e planaltos entre as montanhas (Fraser, Columbia, Arizona e Colorado), com alturas superiores a quatro mil metros (Whitney, 4.418m; Rainier, 4.392m; Wilson, 4.342m; Shasta, 4.317m; e Pikes, 4.301m). No México, estendem-se as serras Madre oriental, ocidental e do sul, que bordejam o planalto central mexicano e contam com cumes vulcânicos de grande altura, como o Citlaltépetl (5.610m), o Zinantécatl (4.567m) e o Popocatépetl (5.465m)).
Na América Central, a serra Madre do Sul prolonga-se, numa sucessão de planaltos e serras de origem vulcânica, de Oaxaca, no México, até o Panamá, passando pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. As ilhas do Caribe são montanhosas, embora pouco elevadas; a sua Maestra cubana, com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central de La Española (pico Duarte, 3.175m) são as formas de maior destaque no relevo da região. As principais planícies dessas ilhas encontram-se, em geral, na zona costeira.
O subcontinente sul-americano apresenta três grandes zonas estruturais. A parte oriental é constituída por planícies e montanhas muito erodidas: o planalto das Guianas, o planalto brasileiro e a Patagônia. A cordilheira dos Andes, a oeste, estende-se ao longo de todo o subcontinente em vários setores e com diversas ramificações. As cadeias andinas flanqueiam numerosos vales e extensos planaltos interiores, como o altiplano, situado a mais de 3.500m de altura, e a puna de Atacama. Entre os elevados cumes andinos, muitos deles de origem vulcânica, destacam-se o Aconcágua (6.959m), o Ojos del Salado (6.893m), o Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama (6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m). Por último, cabe assinalar a presença de grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais. Essas terras baixas, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formam as bacias dos grandes rios sul-americanos: as planícies do Orinoco, a Amazônia e as planícies do Chaco, dos Pampas e da Patagônia.
Clima. A extensão em latitude, as diferentes altitudes e a influência dos ventos e das correntes oceânicas determinam uma grande diversidade climática no continente americano. A partir da linha do equador, os diversos climas se sucedem de forma simétrica em ambos os hemisférios, com importantes variações locais devidas à disposição específica de cada unidade territorial.
O clima equatorial, que apresenta temperaturas altas e constantes e um regime pluviométrico abundante e regular, caracteriza a ampla faixa constituída pela Amazônia e também pelas franjas do litoral sudeste brasileiro, a região oeste da Colômbia, o leste da América Central e as ilhas do Caribe, áreas que recebem a umidade trazida pelos ventos alísios. Nas regiões de planaltos e montanhas situadas ao norte e ao sul da bacia amazônica, nas costas orientais da América Central e nas ilhas do Caribe, aproximadamente entre os 5o e os 25o de latitude N e S, estende-se uma zona de clima tropical quente, com estação úmida no verão e seca no inverno devido à influência dos ventos alísios.
As zonas desérticas da América, muito secas e com grandes diferenças diárias de temperatura, localizam-se basicamente nas planícies costeiras e interiores da vertente do Pacífico; na cordilheira das Cascatas, nas montanhas Rochosas (América do Norte), no litoral norte do Chile e a noroeste e sudeste da Argentina os desertos são frios, enquanto os do planalto mexicano (Sonora, norte de Chihuahua, Coahuila), da península da Califórnia e do litoral peruano são de tipo tropical e subtropical, quentes e secos. Nas áreas de transição entre os desertos e as zonas de clima temperado e mediterrâneo, localizam-se grandes estepes, principalmente nas franjas ocidentais da América do Norte e da Argentina, que apresentam marcantes características de clima continental (aridez e forte oscilação térmica entre o dia e a noite). A região central da planície litorânea chilena, as zonas montanhosas do leste brasileiro e a costa setentrional da Venezuela e da Colômbia também apresentam condições climáticas semelhantes.
O clima subtropical temperado, com inverno seco e verão chuvoso, ocorre em duas extensas zonas de ambos os hemisférios: no norte, na baixa bacia do Mississippi e a sudeste dos Estados Unidos, e ao sul, nas partes central e oriental da Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no sul do Brasil. Nas costas do Pacífico situadas em torno dos 35o de latitude N e S, predominam os climas mediterrâneos da Califórnia e do centro do Chile, que se transformam em climas oceânicos temperados-frios nos litorais do noroeste dos Estados Unidos e do oeste do Canadá, no sul do Chile e na Terra do Fogo.
O noroeste dos Estados Unidos e a maior parte do Canadá e do Alasca têm clima de tipo continental, mais frio, e com temperaturas muito baixas nas zonas setentrionais. A franja setentrional da América do Norte e toda a ilha da Groenlândia apresentam clima polar, muito frio e seco.
Além dessa divisão geral em grandes domínios climáticos, cabe assinalar a existência de importantes variações locais determinadas pela altitude. Assim, na cordilheira dos Andes registram-se climas temperados em zonas próximas ao equador, climas áridos e de estepe nos planaltos e climas de montanha nas zonas mais altas. A cadeia das Rochosas e as cordilheiras mexicanas e centro-americanas também apresentam climas de montanha, mais frios que os das baixadas contíguas.
Hidrografia. O continente americano possui grandes bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.
Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.
A vertente do Atlântico recolhe as águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas, Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian, Vermelho) e da vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras; o Coco, na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.
A vertente oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre o Amazonas, maior rio do mundo em volume d,água e que apresenta também a maior bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.
O Parnaíba e o São Francisco constituem os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.
Ao contrário do que ocorre na vertente atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser, no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o Grande Canyon, nos Estados Unidos.
Os depósitos lacustres são muito numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado. No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente, o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil, constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.
Flora e fauna. O isolamento da América em relação ao resto do mundo, durante milênios, determinou o desenvolvimento de numerosas espécies vegetais e animais autóctones, assim como a ausência de outras, que foram introduzidas após a colonização européia (o cavalo, o porco e o boi, entre outros).
Na parte setentrional encontram-se a tundra, região de clima frio caracterizada por apresentar uma vegetação de bétulas e salgueiros anões, musgos e líquens e uma fauna de renas, raposas azuis, ursos polares e focas. A taiga, que se estende pela maior parte do Canadá, é composta principalmente por bosques de coníferas (pinheiros, ciprestes, abetos, cedros e lariços) e habitada sobretudo por mamíferos de grande porte, como o cervo, o urso cinzento e o alce.
As zonas temperadas do leste norte-americano caracterizam-se pela presença de bosques de árvores caducifólias e coníferas, cuja densidade cresce nos setores leste e sudeste. A planície central do subcontinente é ocupada em sua maior parte por pradarias, com vegetação herbácea de gramíneas de baixa altura e habitada por uma fauna típica de bisões, cervos, pumas e roedores. No setor árido, a oeste, predomina a vegetação de cactos e de arbustos de deserto e de estepe, com diversas espécies de roedores, répteis e caçadores, como o coiote e a raposa.
Nas zonas tropicais da América Central, das Antilhas, da América do Sul e, sobretudo, da bacia amazônica, estende-se a maior região de selva virgem do planeta, com uma vegetação exuberante de floresta tropical úmida. A fauna dessas regiões caracteriza-se pela menor abundância de mamíferos (onça, puma, anta) e pelo predomínio das aves (tucanos, papagaios), répteis e insetos.
As planícies e os planaltos da Venezuela e do Brasil são o domínio das savanas de gramíneas e bulbosas, que se tornam mais áridas na caatinga brasileira (na ponta oriental do subcontinente) e nos litorais venezuelano e colombiano (plantas espinhosas, cactos e acácias). No Sul do Brasil, no Uruguai e no leste da Argentina estendem-se os pampas, região de vegetação estépica úmida que diminui progressivamente na direção oeste, até ser substituída pela vegetação desértica.
A cordilheira dos Andes tem três tipos básicos de formação vegetal: o bosque úmido e denso da região equatorial, as punas e páramos dos planaltos centrais, onde vivem o lhama, a vicunha, a alpaca e o condor, e os bosques úmidos do centro e sul do Chile, com espécies de folhas perenes e caducifólias (araucária, faia, cedro). Nas zonas desérticas, como Atacama, e nos altos cumes das cordilheiras, cobertos por neves perpétuas, as formas de vida vegetal e animal são quase inexistentes.
População
As principais características da estrutura demográfica do continente americano são a baixa densidade média de população e a forma desigual como se distribui. Durante o século XX, os habitantes do continente concentraram-se de modo crescente nas cidades, tanto na América do Norte quanto na Central e na do Sul, o que deixou grandes espaços interiores com escassa ou nenhuma população.
A exemplo de outros aspectos históricos e humanos, a América do Norte e a Latina apresentam modelos demográficos muito diferenciados. Nos Estados Unidos e no Canadá o crescimento da população reduziu-se muito nas últimas décadas do século XX, em conseqüência da elevação do nível de vida e das restrições à imigração decretadas após a segunda guerra mundial. A população concentra-se principalmente nas cidades da costa oeste (Seattle, Vancouver, San Francisco, Los Angeles, San Diego), na região dos grandes lagos (Milwaukee, Chicago, Detroit, Cleveland, Buffalo, Toronto), nas extensas bacias do Mississippi e do Missouri (Minneapolis, Memphis, Kansas City, Saint Louis, Indianápolis) e, sobretudo, no litoral nordeste dos Estados Unidos, onde se encontra um conjunto urbano de aproximadamente mil quilômetros entre Boston e Richmond, com grandes cidades como Nova York, Filadélfia, Baltimore e Washington. As regiões frias do Canadá e do Alasca, as montanhas Rochosas e a grande planície dos Estados Unidos são as zonas menos povoadas do subcontinente; as cidades do sul e do sudeste (Houston, Nova Orleans, Atlanta, Miami) têm recebido grande número de imigrantes internos, a exemplo do que ocorre na costa da Califórnia.
Na América Latina ocorrem taxas de crescimento vegetativo muito elevadas em virtude da conjugação de índices de natalidade muito altos com índices de mortalidade relativamente baixos, próximos aos dos países desenvolvidos. As densidades demográficas são, em geral, baixas devido à existência de grandes territórios quase desabitados (selvas virgens, montanhas, desertos e estepes áridas); além disso, a população tende a abandonar o campo e a se concentrar nas grandes capitais e nos centros urbanos regionais que, em muitos casos, abrigam a maior parte dos habitantes dos respectivos países. Tal fenômeno de "macrocefalia" ocorre principalmente no planalto mexicano (Cidade do México, Puebla, Guadalajara, Monterrey), na América Central (Guatemala, San Salvador, Tegucigalpa, Manágua, São José da Costa Rica, Cidade do Panamá), na região costeira da Venezuela (Caracas, Maracaibo), em vários conglomerados urbanos do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Porto Alegre) e no estuário do rio da Prata (Montevidéu e Buenos Aires).
Outros núcleos urbanos importantes são Tampico e Veracruz, no golfo do México; Havana, em Cuba; Medellín, Bogotá, Quito e Guayaquil, na zona andina da Colômbia e do Equador; Callao e Lima, no Peru; La Paz, Sucre e Potosí, no planalto boliviano; Santiago, no Chile; e algumas outras cidades situadas no interior da América do Sul, como Manaus e Brasília, no Brasil, e Córdoba, Santa Fé e Rosário, na Argentina.
A expansão acelerada da população urbana na América Latina, devido tanto ao crescimento natural das cidades quanto ao êxodo rural, tem causado graves problemas -- como o desemprego, o déficit habitacional, as deficiências alimentares e a carência de serviços sociais -- em muitos desses centros. A Cidade do México, o Rio de Janeiro e Buenos Aires são exemplos de um tipo de crescimento urbano desordenado que não conseguiu estabelecer uma relação econômica adequada com os territórios circundantes.
Etnografia. Do ponto de vista etnográfico, a população americana é composta por três grandes grupos humanos: os ameríndios, divididos em várias sub-raças; os brancos, originários de diferentes pontos da Europa; e os negros, descendentes dos escravos procedentes da África.
Os índios americanos constituem hoje uma minoria no conjunto do continente, embora hajam sobrevivido em estado puro ou com diversos graus de mestiçagem no Canadá, nas reservas dos Estados Unidos e em quase toda a América Latina.
Cerca da metade da população canadense é de origem inglesa e aproximadamente trinta por cento de origem francesa; o restante é constituído por descendentes de imigrantes europeus de outras nacionalidades e por uma reduzida porcentagem de indígenas e esquimós. A maioria dos habitantes dos Estados Unidos são brancos, sobretudo de origem anglo-saxônica; os negros constituem cerca de 12,5% da população, que inclui ainda importantes minorias de hispânicos (principalmente latino-americanos), asiáticos e judeus.
Índios e brancos coexistem no território mexicano, embora a maior parte da população seja composta por mestiços, com variáveis níveis de cruzamento entre as raças. A América Central é habitada por brancos, negros, índios e mestiços, à exceção da Costa Rica, povoada quase que exclusivamente por brancos. Nas Antilhas a população indígena desapareceu nos primeiros séculos da colonização; isso fez com que a maior parte da população atual seja composta por brancos, negros e mulatos.
Apesar da mortandade maciça de índios, em conseqüência das epidemias trazidas do Velho Mundo e dos trabalhos forçados impostos pelos colonizadores, a população indígena e mestiça da América do Sul continua sendo majoritária na Colômbia (chibchas), no Equador, no Peru, na Bolívia (quêchuas e aimarás) e no Paraguai (guaranis), além de manter importantes redutos na Venezuela, nas Guianas, no Chile e na Terra do Fogo. A população negra e mulata é importante no Brasil e predomina nas Guianas, enquanto os brancos são maioria no Chile, na Argentina, no Uruguai e, em menor proporção, no Brasil.
A América se divide em duas grandes áreas lingüísticas: a América anglo-saxônica, constituída pelos Estados Unidos e pela maior parte do Canadá, e a América Latina (espanhola e portuguesa), que abrange desde o México até o extremo meridional da América do Sul. O espanhol é falado em vários pontos dos Estados Unidos (população de origem hispânica), no México, na América Central, nas principais ilhas do Caribe (Cuba, República Dominicana e Porto Rico) e em toda a América do Sul, à exceção das Guianas (que utilizam o inglês, o francês e o holandês) e do Brasil, onde se fala o português. O inglês é a língua oficial dos Estados Unidos e do Canadá, de alguns países da América Central e das Antilhas (Belize, Jamaica e diversas ilhas menores) e da Guiana. Além desses grandes grupos lingüísticos, cabe assinalar a presença de outros idiomas de menor uso: o francês, no leste do Canadá (Quebec e Nova Brunswick), no Haiti, nas Antilhas francesas e na Guiana Francesa; o holandês, no Suriname, e diversas línguas ameríndias no Canadá (esquimó e atapasco), Estados Unidos (sioux, atapasco etc.), México (náuatle e maia, principalmente), Colômbia (chibcha), Andes setentrionais e centrais (quíchua e aimará), Amazônia (aruaque, tupi-guarani), Paraguai (guarani) e sul do Chile (mapuche).
Religião. Predomina na América o cristianismo. A Igreja Católica está amplamente difundida em todo o continente, sendo a religião majoritária na América Latina; as diversas confissões protestantes dominam nas áreas de cultura anglo-saxônica, se bem que mescladas com numerosos grupos católicos. Além do cristianismo, nas zonas de forte população indígena e negra persistem os cultos ancestrais, indígenas ou trazidos da África, misturados em parte com elementos da tradição cristã e que dão lugar ocasionalmente a ritos sincréticos de manifestações singulares, como o vodu e o candomblé.
Economia
A América é um continente muito rico, embora grande parte de seus recursos ainda permaneçam inexplorados. Tal riqueza, no entanto, encontra-se repartida de maneira bastante desigual, tanto no interior de cada país, quanto no conjunto do continente. Os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, apresentam uma economia avançada e muito industrializada, enquanto grande parte da América Latina permanece em situação de subdesenvolvimento e dependência comercial e financeira. Os Estados Unidos, com enormes recursos minerais e energéticos, agricultura especializada, apurada tecnologia e avançada indústria, controlam os mercados mundiais de importantes produtos agrícolas, minerais e industrializados. Da mesma forma, o "colosso do norte" exerce tutela econômica sobre muitos países latino-americanos cujo comércio exterior baseia-se na troca de matérias-primas (agrícolas e minerais) por produtos industrializados.
A atividade agropecuária apresenta níveis de desenvolvimento semelhantes no Canadá e nos Estados Unidos, embora a produção seja muito maior neste último país, devido tanto ao clima temperado que domina a maior parte de seu território quanto à qualidade dos solos, ricos em matéria orgânica, e ao caráter industrial das plantações, extensas e muito mecanizadas. Destacam-se, sobretudo, as grandes plantações de trigo (que proporcionam colheitas de primavera e de inverno), milho, algodão e, em menor escala, aveia, cevada, arroz, leguminosas, linho, soja, tabaco, hortaliças, frutas etc. Os rebanhos de ovinos e suínos alcançam grande rendimento nas fazendas americanas e canadenses, embora os maiores índices de produtividade pertençam ao gado bovino, criado de forma industrial no sudeste do Canadá e nas regiões centro, noroeste e sudeste dos Estados Unidos. A silvicultura e a pesca também constituem importantes fontes de matérias-primas para a indústria e para as exportações de ambos os países.
Já na América Latina, as profundas distorções existentes na estrutura da propriedade agrária e as técnicas agrícolas antiquadas constituem sério entrave ao desenvolvimento e à diversificação da atividade agropecuária, o que obriga quase todos os países a importar grande quantidade de produtos alimentícios. O México, que exporta algodão e sisal, produz grandes safras de trigo, milho e outros cereais. Na América Central e nas ilhas do Caribe há grandes plantações de café, banana, cana-de-açúcar, cacau, tabaco, linho, soja, algodão e milho. As lavouras de produtos tropicais e de cereais também se estendem por vastas regiões do Brasil, Colômbia e Venezuela, enquanto a pecuária, principalmente bovina, ovina e eqüina, atingiu grande desenvolvimento nos campos do Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai. As colheitas de cereais do sul do Brasil e da Argentina encontram-se entre as mais importantes do mundo.
O continente americano é excepcionalmente rico em fontes de energia e recursos minerais. O enorme potencial hidrelétrico de seus rios é explorado de modo crescente na América do Norte e com menor intensidade na América do Sul, onde Brasil, Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai e Chile começaram a aproveitar os importantes rios da região andina e das bacias da vertente atlântica. A América produz grande parte do petróleo mundial, principalmente nas reservas dos Estados Unidos e, em menor quantidade, no México, Venezuela, Colômbia, Argentina, Brasil, Peru e Equador. O gás natural, muito abundante, localiza-se sobretudo no Canadá, Estados Unidos, México, Venezuela, Peru e Argentina. Além disso, há grandes jazidas de carvão mineral, principalmente hulha, nos Estados Unidos, e reservas secundárias no Canadá, México, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.
Os principais recursos minerais da América são zinco, extraído em numerosos centros produtores no Canadá, cobre, chumbo, ferro e estanho; os principais produtores são Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Bolívia e Argentina. O México destaca-se por suas reservas de prata, o Brasil e o Peru por sua produção de ferro, o Chile pelo cobre e a Bolívia pelo estanho.
A abundância de matérias-primas e de recursos minerais e energéticos, aliada à demanda de um amplo mercado interno contribuíram para o intenso desenvolvimento industrial dos Estados Unidos. Todos os setores produtivos acham-se representados no país, com destaque para ferro, aço e as indústrias mecânica, química, eletrônica, têxtil, naval e de papel. As grandes empresas americanas, cujos centros fabris concentram-se principalmente no nordeste do país -- por isso mesmo a região mais industrializada e urbanizada do planeta -- estendem sua influência por todo o mundo ocidental, tanto pelo investimento de capitais, quanto pelo controle de mercados em âmbito internacional.
O Canadá ocupa o segundo lugar em desenvolvimento industrial no continente, com uma produção igualmente diversificada e de tecnologia avançada. Os países latino-americanos tentam competir com seus vizinhos setentrionais através da criação e do fomento de indústrias próprias, apesar de suas graves deficiências estruturais (comunicações precárias, grande dívida externa, escassez de capitais). Nesse grupo destacam-se o México (têxteis, papel, vidro, máquinas), a Venezuela, a Argentina, o Chile e, sobretudo, o Brasil (siderurgia e manufaturas). Nos demais países, onde a industrialização é bastante reduzida, a economia baseia-se fundamentalmente na atividade agropecuária ou na extração mineral.
História
A América começou a ser povoada, segundo estimativas, entre 20.000 e 35.000 anos atrás (embora alguns pesquisadores proponham cinqüenta mil anos), quando a diminuição do nível dos oceanos -- provocada pela última glaciação -- possibilitou a comunicação terrestre entre a Ásia e o Novo Mundo através do estreito de Bering. A evolução cultural do homem pré-histórico americano acelerou-se entre 5000 e 4000 a.C., com o início de um processo de revolução neolítica em alguns pontos do México, da América Central e do Peru. Por volta do ano 3000 a.C. já se haviam consolidado as técnicas agrícolas (irrigação, fertilização e cultivos em terraços), enquanto as artes da cerâmica e da confecção de tecidos alcançavam alto grau de perfeição. A crescente complexidade da organização social e econômica propiciou a formação de centros urbanos dotados de poder político centralizado. Desse modo, entre 1500 e 1200 a.C. começaram a suceder-se várias civilizações no vale do México, na América Central e na cordilheira dos Andes.
No México desenvolveram-se as culturas olmeca (1150-800 a.C.), de Teotihuacan (400 a.C.-650 da era cristã), tolteca (séculos X a XII) e asteca (séculos XIV a XVI). A civilização maia evoluiu a partir de 500 a.C. no sul do México, Yucatán, Guatemala e El Salvador, com distintas etapas culturais, cujo apogeu situou-se entre o século III a.C. e o início do século X da era cristã. Na região andina floresceram as culturas de Chavín e Paracas (1000-200 a.C.), Nazca e Moche (400-200 a.C.), Tiahuanaco e Huari (600-800 da era cristã), Chimú (séculos XIV e XV) e o império inca (séculos XV e XVI).
No resto do continente os diversos povos ameríndios permaneceram em estágios culturais bastante atrasados. As atividades de caça e coleta subsistiram em muitas regiões até o descobrimento; mas algumas formas incipientes de agricultura já haviam começado a desenvolver-se, especialmente nas zonas próximas às grandes civilizações.
As civilizações americanas conheceram o calendário, as formas pictográfica e ideográfica de escrita e atingiram alto nível de perfeição nas artes da arquitetura, da escultura e da cerâmica. Não chegaram, porém a desenvolver a metalurgia do ferro nem alcançaram importantes inventos e técnicas como a roda, a roda de oleiro, o arco e a abóbada (na arquitetura) e o vidro.
A chegada de Cristóvão Colombo representou o descobrimento de um imenso território até então desconhecido para os habitantes do Velho Mundo. Os espanhóis, "proprietários", juntamente com os portugueses, das terras recém-descobertas, empreenderam a conquista das zonas civilizadas do México e do Peru (Hernán Cortés e Francisco Pizarro, respectivamente), e iniciaram a colonização de toda a América Central, das grandes Antilhas, Venezuela, Colômbia, cordilheira dos Andes e rio da Prata. A introdução do cristianismo e da língua castelhana, e a fusão e assimilação das civilizações indígenas com a cultura hispânica foram a contrapartida dos abusos e da exploração a que foram submetidos os índios americanos. Os portugueses, que chegaram ao Novo Mundo em 1500, com a expedição de Pedro Álvares Cabral, estabeleceram seu domínio colonial nas costas do Brasil, território que lhes cabia pelo Tratado de Tordesilhas.
A partir do século XVII, os Países Baixos, a França e a Inglaterra começaram a introduzir-se na América, atacando as frotas espanholas carregadas de prata e fundando colônias nos territórios ocupados por espanhóis e portugueses. Os holandeses contentaram-se com a posse de alguns encraves de grande valor econômico e estratégico na Guiana e nas pequenas Antilhas, enquanto França e Inglaterra iniciavam um período de confrontos para obter o controle dos territórios norte-americanos. Finalmente, a superioridade militar e o maior número de colonos determinaram a hegemonia britânica sobre a América do Norte. A colonização, realizada em sua maior parte por calvinistas e protestantes radicais, caracterizou-se pela violência sistemática contra os índios, que foram expulsos de suas terras e exterminados em amplas áreas, à medida que os colonos avançavam para o oeste.
Os interesses dos habitantes das 13 colônias norte-americanas entraram em conflito aberto com os da metrópole a partir de 1765, quando o governo britânico impôs um pesado imposto sobre documentos jurídicos, periódicos e transações comerciais. Em 1773 o motim do chá, em Boston, significou o início da guerra, formalmente declarada dois anos depois. Em 4 de julho de 1776 o Congresso de Filadélfia proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, inspirada nas idéias liberais de John Locke e Montesquieu; nela se formulavam pela primeira vez os direitos do homem. A guerra terminou em 1783 com o reconhecimento, pelo governo britânico, da independência do novo país; quatro anos depois foi promulgada a constituição americana, que estabelecia a divisão de poderes e assegurava o funcionamento de um sistema político baseado na participação dos cidadãos.
Nos vice-reinos espanhóis, a elite dirigente era constituída por peninsulares, isto é, pessoas nascidas na Espanha. Os crioulos (descendentes dos conquistadores e dos primeiros colonizadores), imbuídos de idéias liberais, sentiram-se insatisfeitos com o caráter limitado das reformas levadas a efeito por Carlos III nas colônias espanholas e vislumbraram na independência americana e, pouco depois, na revolução francesa, um exemplo a ser imitado nos vice-reinos. A invasão francesa da península ibérica precipitou os acontecimentos. As juntas dos vice-reinos, criadas para administrar o território americano até a restauração da coroa espanhola, converteram-se em focos revolucionários e independentistas. A guerra civil entre "patriotas" (independentistas) e "legalistas" (partidários da unidade com a Espanha) recrudesceu após a volta de Fernando VII ao trono, mas finalmente os patriotas, comandados por generais como Simón Bolívar e José de San Martín, conseguiram alcançar o objetivo de separar-se da Espanha, embora não o de manter a unidade da América hispânica.
O Brasil também obteve a independência em 1822, mas, ao contrário dos demais países americanos, a forma de governo adotada foi a monarquia, que se manteve até 1889.
Ao longo do século XIX os Estados Unidos lançaram-se à conquista do oeste, incorporando novos estados, tanto pela compra ou cessão (territórios franceses e espanhóis do centro e do sudeste da América do Norte), quanto pela conquista (Texas, Novo México e Califórnia), ou pela ocupação efetiva (o far west, ou oeste distante). O regime político americano, resultado da contemporização entre os grandes comerciantes protecionistas do norte e os latifundiários livre-cambistas do sul, passou por um período de crise entre 1861 e 1865, quando os estados do sul, descontentes com a política antiescravista do presidente Abraham Lincoln, tentaram separar-se da união. Após a derrota dos sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento industrial.
Depois da primeira guerra mundial, em que a intervenção americana teve papel decisivo, os Estados Unidos converteram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da segunda guerra mundial marcou o início de um novo período nas relações internacionais, o da chamada "guerra fria". Marcado pela rivalidade com o bloco socialista e pela influência política e econômica dos Estados Unidos na maior parte do mundo ocidental e dos países em desenvolvimento, essa situação perdurou até a desintegração do bloco socialista e o fim da União Soviética, no início da década de 1990.
Ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a evolução histórica da América Latina durante os séculos XIX e XX caracterizou-se pela fragmentação e rivalidade entre os diversos países, por uma escassa evolução e pela instabilidade política, consubstanciada numa sucessão de golpes de estado, ditaduras e revoluções.
Após uma primeira fase de domínio comercial e financeiro, os Estados Unidos procuraram impor maior presença da região (a política do big stick, entre 1895 e 1918), que posteriormente se ampliaria com o controle dos organismos de cooperação pan-americana (Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Centro-Americanos, Aliança para o Progresso etc.). Na segunda metade do século XX, entretanto, registrou-se um crescente esforço das nações latino-americanas para assumir atitudes de independência ante os Estados Unidos.













aquecimento  global






O aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão — um aumento da temperatura média da superfície da Terra que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogénicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno. Recentemente, muitos meteorologistas e climatólogos têm afirmado publicamente que consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno. O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente diz que a maioria do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito provavelmente a um aumento do efeito de estufa, havendo evidência forte de que a maioria do aquecimento seja devido a atividades humanas (incluindo, para além do aumento de gases de estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas subterrâneas e de solo para a agricultura industrial e a um maior consumo energético e poluição).

A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correcção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2 ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global. O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento. É muito provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. Há, no entanto que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.

Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX.

Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retracção os glaciares e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares durante todo o século XX. No entanto, a retracção dos glaciares na Europa já ocorre desde a era Napoleónica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retracção dos glaciares na Gronelândia era maior do que a actual. A diminuição da área dos glaciares ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia), houve de facto um aumento da área dos glaciares, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação.

Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, México e países do Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro arrefecimento global, houve 80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a actividade dos furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.

As mudanças já podem ser vistas no planeta:

· O Ártico e a Groelândia estão derretendo

A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao ano há três décadas. No entanto, a temperatura na região era superior à actual nas décadas de 1930 e 1940, sendo os glaciares mais pequenos do que hoje. Em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida, onde 90% do gelo do planeta está acumulado; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Mesmo um aquecimento de 3 a 6 graus tem um efeito relativamente insignificante já que a temperatura média da Antártida é de 40 graus negativos. É de notar igualmente que no período quente da Idade Média havia quintas dos Viking na Groenlândia e também não havia gelo no Ártico. E, mesmo que derretesse todo o gelo do Ártico, isso não afetaria o nível da água nos oceanos porque se trata de gelo flutuante: o volume de água criado seria igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando flutua. 
· Os furacões estão cada vez mais fortes

Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos. 

· O Brasil na rota dos ciclones

O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004. 

· O nível do mar subiu

A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré alta. Actualmente (Setembro de 2006), o painel intergovernamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na atmosfera não está provocando nenhuma aceleração na taxa de subida do nível do mar.

· Os desertos avançam

O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano. 

· Já se contam os mortos

A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados diretamente ao aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará. 
Opiniões sobre o tema Aquecimento Global:

"Não existe escapatória para esses fatos: o aquecimento global trará fome, enchentes e secas. Os países mais pobres e que tem uma responsabilidade menor pelas emissões dos gases causadores das mudanças climáticas são os que sofrerão mais. E eles são os que têm menos dinheiro para investir em infra-estrutura de adaptação aos impactos do aquecimento global. Mas os países ricos também correm enormes riscos”, afirma Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação do WWF-Brasil. “Não temos mais a opção de ignorar o aquecimento do planeta, senão as conseqüências serão desastrosas. Os países precisam aceitar metas de redução das emissões, levando em conta as contribuições históricas de cada um, e começar a implementar soluções”, completa Scaramuzza.


Os cientistas do IPCC disseram claramente que alguns dos impactos das mudanças climáticas são inevitáveis, mas ainda existe tempo para proteger a humanidade de algumas das conseqüências mais desastrosas. Essa reação deve vir como parte de uma rápida mudança nas estratégias globais visando evitar emissões significativas de CO2. 

"Defender o que restou da natureza neste planeta, como a floresta amazônica, os manguezais e os corais, se tornará uma prioridade econômica e ética”, afirma Lara Hansen, cientista-chefe do Programa Global de Mudanças Climáticas da rede WWF.. “Nossas sociedades são dependentes da natureza, mas só agora estamos percebendo isso.” 

O Brasil é o 4º emissor global de gases do efeito estufa, com mais de dois terços das emissões vindas do desmatamento. “Chegou a hora de demonstrarmos como vamos contribuir para diminuir o aquecimento do planeta” afirma Karen Suassuna, técnica em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil. “Ficou claro que o Brasil já está sendo impactado pelas mudanças no clima e poderá ser ainda mais. Por isso, é preciso estabelecer metas claras para a redução drástica do desmatamento e investir em energias renováveis não convencionais e eficiência energética” completa Suassuna.


“O Brasil precisa assumir sua responsabilidade como grande emissor de gases de efeito estufa. O governo deve combater o desmatamento de maneira implacável, promover as energias limpas e programas de economia de energia, afirma Carlos Rittl, coordenador da campanha de clima do Greenpeace. “Os brasileiros têm todo o direito de saber onde somos mais vulneráveis aos efeitos devastadores do aquecimento global e como vamos reduzir nossa contribuição ao problema. A Amazônia, por exemplo, é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas por causa da sua enorme diversidade de ambientes e espécies”, explica.
Soluções e propostas para tentar resolver ou amenizar o Aquecimento Global:
Pesquisadores identificam 15 tecnologias prontas para serem usadas contra o aquecimento global:
Tecnologias existentes atualmente poderiam brecar o aumento no aquecimento global por pelo menos meio século. A afirmação é de uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que acaba de ser divulgada pela revista Science. 

Os pesquisadores identificaram 15 tecnologias prontas para serem utilizadas em grande escala – que empregam energia solar, nuclear ou eólica, por exemplo – e mostraram como cada uma delas poderia resolver parte do problema do aquecimento do planeta. 

Os resultados obtidos desafiam o argumento muito usado de que seria preciso surgir uma nova tecnologia para vencer o desafio. “Isso certamente derruba a idéia de que precisamos fazer ainda muitas pesquisas até que seja possível enfrentar o problema do aquecimento”, disse Stephen Pacala, um dos autores do estudo. O outro autor, Robert Socolow, concorda. “Temos hoje as ferramentas para reduzir as emissões de carbono em todo o mundo, especialmente se pensarmos em campanhas de longo termo e não em soluções instantâneas”, disse. 

Embora o estudo não tenha estimado os custos para desenvolver cada uma das tecnologias mencionadas, os autores afirmam que a implementação de medidas certamente geraria benefícios, como a criação de novas indústrias, a redução da dependência do petróleo e a menor necessidade da implantação de dispositivos de controle de poluição. 
A pesquisa centrou-se no principal fator que contribui para o aquecimento do planeta, o dióxido de carbono (CO2) derivado da queima de combustíveis fósseis. As emissões atuais de CO2 contêm cerca de 7 bilhões de toneladas de carbono por ano, quantidade que os especialistas estimam que deverá dobrar nos próximos 50 anos, devido ao crescimento populacional e ao aumento na demanda de energia. 
Pacala e Socolow mostraram como cada uma das 15 tecnologias que identificaram podem evitar a emissão de cerca de 1 bilhão de toneladas de carbono por ano em 2054. Entre as alternativas está a captura de dióxido de carbono em fábricas e refinarias, que seria armazenado no subsolo – a substância é comumente injetada no subterrâneo durante operações de prospecção. Outras opções são o uso de fontes renováveis de energia, como o vento ou a luz solar, que poderiam ser desenvolvidas. 

Mas os cientistas da Universidade de Princeton ressaltam que a pesquisa por novas fontes de energia alternativas precisa continuar, pois elas serão fundamentais no futuro, quando as tecnologias que descrevem no artigo atingirem o potencial máximo e não puderem mais suprir a sempre crescente demanda energética. 

Faça Sua Parte Para Evitar o Aquecimento Global
Use lâmpadas fluoerescentes ao invés das incandescentes. 
Deixe o carro em casa sempre que puder e use transporte público, vá a pé ou de bicicleta. 
Recicle lixo. 
Plante árvores. Muitas árvores. Elas absorvem o CO2 do ar reduzindo o efeito estufa. 
Pare de comer carne, pois só se pode criar pastagens desmatando grandes áreas verdes, e o processo digestivo do gado emite gases (flatulência) que contribuem para o efeito estufa. 
Busque ser cada vez menos dependente direta ou indiretamente de petróleo. 

Curiosidades
1,1 a 6,5 °C. De acordo com estimativas feitas pelo painel intergovernamental de mudança climática, em 2007, essa é a faixa de elevação que pode sofrer a temperatura média global até o final deste século. (A previsão anterior era de 1,6 a 5,8 °C, o que implica um aumento de incerteza quanto a esta previsão.) 

2.000 quilômetros quadrados. Todo ano, áreas desse tamanho se transformam em deserto devido à falta de chuvas. 

40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século, caso a temperatura suba de 2 a 3 graus. 

2.000 metros. Foi o comprimento que a geleira Gangotri (que tem agora 25 km), no Himalaia, perdeu em 150 anos. E o ritmo está acelerando. 

750 bilhões de toneladas. É o total de CO2 na atmosfera hoje. 

2050. Cientistas calculam que, quando chegarmos a esse ano, milhões de pessoas que vivem em deltas de rios serão removidas, caso seja mantido o ritmo atual de aquecimento. 

a calota polar irá desaparecer por completo dentro de 100 anos, de acordo com estudos publicados pela National Sachetimes de Nova Iorque em julho de 2005, isso irá provocar o fim das correntes marítimas no oceano atlântico, o que fará que o clima fique mais frio, é a grande contradição de aquecendo esfria. 
o clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte, quanto ao resto do mundo a temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão alterados em todo o planeta. 
o aquecimento da terra e também outros danos ao ambiente está fazendo com que a seleção natural vá num ritmo 50 vezes mais rápido do que o registrado a 100 anos. 
de 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas décadas, segundo diferentes hipóteses. 

Conclusão:

Ultimamente a gente já pode sentir na pele os efeitos do aquecimento global, cada ano os verões estão mais quentes e os fenômenos climáticos ficam ainda mais desordenados. Infelizmente o ser humano em geral parece não pensar à longo prazo, enquanto suas empresas estiverem lucrando fortunas nada mais importa, mesmo que para isso eles precisem matar o planeta. As pessoas deviam se dar conta do mal em que estão fazendo a si, pois deviam deixar algumas futilidades de lado e garantir que no futuro possam desfrutar das boas coisas de nosso planeta, e pensar mais gerações futuras que serão as mais afetadas. Espero que a humanidade se conscientize sobre esse grande caos que esta acabando com a natureza, e que tomem atitudes rápidas e sérias a respeito, pois esse problema que é fato pode ser o fim do planeta.











Aspectos da Globalização 




A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos positivos é o intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, mas também tem efeitos negativos, como o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro.
No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A opção de escolha que temos hoje é muito maior.

Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos.

A questão que se coloca nesses tempos é como aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem precedentes na história da humanidade, se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira lingüística.

Redes de TV e imprensa multimídia em geral, também sofreram um grande impacto da globalização, um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por TV por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do Japão até Cartoon Network americana.

Essa facilidade toda acaba contribuindo para a perda da cultura local, e assim, antigas brincadeira, maneiras se vestir, de falar e outros diversos costumes acabam se perdendo e sendo substituídos.





Banco Mundial

O Banco Mundial é, em todo o mundo, a maior fonte de assistência ao desenvolvimento. Concede a cada ano quase $16 bilhões em empréstimos aos países clientes. Usa seus recursos financeiros, seus funcionários altamente qualificados e sua extensa base de conhecimentos para ajudar cada país em desenvolvimento a trilhar um caminho de crescimento estável, sustentável e eqüitativo e, assim, lutar contra a pobreza.



Visão Geral dos Empréstimos do Banco Mundial

O Banco Mundial oferece empréstimos para projetos de países membros elegíveis, no intuito de apoiar as estratégias do país e as metas de desenvolvimento em geral. Os recursos para os projetos são provenientes também do governo do país em questão, do setor privado e de parceiros. O papel específico do financiamento concedido pelo Banco Mundial é o de catalisar aquelas iniciativas que têm um impacto maior no desenvolvimento e que, de outra forma, não receberiam recursos.


Os Instrumentos de Empréstimo incluem: empréstimos para investimentos, geralmente para projetos com prazo de implementação de 5 a 10 anos, empréstimos setoriais, que podem financiar uma parcela das necessidade de investimento de um setor, empréstimos de ajuste, que normalmente apóiam programas de reforma econômica ou setorial com 1 a 3 anos de duração, e empréstimos para aprendizagem e inovação, com montantes de até $ 5 milhões, para atividades de curta duração nas áreas de aprendizagem e desenvolvimento de capacidade. Os recursos geralmente são provenientes de empréstimos da AID a juros baixos, de empréstimos regulares do BIRD ou de uma combinação dos dois. Além disso, os projetos são freqüentemente beneficiados por doações e empréstimos concedidos por co-financiadores e parceiros, que vêm complementar os recursos disponibilizados pelo governo e pelo Banco Mundial.
A iniciativa voltada para o alívio da dívida (HIPC) tem permitido a mais de vinte países economizar bilhões de dólares no seu serviço da dívida.
O Banco obtém recursos de várias maneiras. No exercício fiscal de 2000, o BIRD captou US$ 15,8 bilhões nos mercados internacionais de títulos de dívida e lançou títulos de dívida em treze moedas. O financiamento da AID se dá em fases de três anos - o 12º Replenishment (acordo prevendo novos aportes) incluía US$ 11,6 bilhões em contribuições de quase 40 doadores.


Blocos Econômicos


Associação Latino-Americana de Integração - ALADI

A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) foi estabelecida em 1980, quando da assinatura do Tratado de Montevidéu, e é integrada por treze membros: os países do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e da Comunidade Andina (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela), além do Chile, México e Cuba. A ALADI atua com a perspectiva de criação de uma zona de livre comércio entre seus membros até 2005.

A relação de produtos que gozam de referências tarifárias no âmbito da ALADI e seus respectivos códigos constam de tabela existente no SISCOMEX.


Acordo de Livre-Comércio da América do Norte - NAFTA

O acordo de livre comércio da América do Norte, foi assinado pelos líderes de: Canadá. México e EUA em 7 de outubro de 1992, porem somente entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 1994 depois de um conturbado processo de ratificação nos EUA.

O NAFTA criou uma zona de livre comércio na qual tarifas e certas outras barreiras ao comércio de bens e serviços e recursos financeiros serão gradualmente eliminadas em um período de 15 anos mas espera-se que a maior parte das liberalizações ocorra nos primeiros cinco ano.

O objetivo claro e, algumas vezes até confesso, da estratégia comercial dos EUA é a obtenção da hegemonia na competitividade global. Isto se mostrou impossível de obter na área multilateral pelos motivos já apontados, como a perda da competitividade relativa, guerra de subsídios, etc, apesar da política comercial agressiva que tornou esse pais no maior violador das normas do GA7T e do direito internacional.



União Européia - UE

A União Européia nasceu no dia 1º de novembro de 1993, cujos tratados de fundação remontam a 1957 (ano da assinatura do Tratado de Roma), conta hoje com quinze Estados membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.

Os tratados de 1957 foram submetidos a três revisões: em 1987 (Ato Único, que estabeleceu as bases para a criação do mercado único europeu a partir de 1992), em 1992 (Tratado de Maastricht, que prevê a união econômica e monetária dos Estados membros) e em 1997 (Tratado de Amsterdã, especialmente voltado para temas sociais e de direitos humanos). Os principais objetivos da União Européia para os próximos anos inscrevem-se nos seguintes domínios:

Incrementar a integração econômica e a reforçar a cooperação entre seus estados-membros.
O Tratado de Maastricht firmado em 1992 pelos 12 chefes de governos da União Européia. Estabeleceu uma política exterior e monetária comuns e projetou a criação de um banco central para o ano de 1999; iniciou também políticas comuns de defesa, de cidadania e de proteção do meio-ambiente



Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

O Mercado Comum do Sul é formado pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, com Chile e Bolívia como associados. Foi criado em 1991 através do Tratado de Assunção, com o objetivo de eliminar as tarifas alfandegárias entre seus membros, possibilitando um livre comercio entre os mesmos.

Com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em dezembro de 1994, o MERCOSUL ganhou personalidade jurídica de direito internacional: o Protocolo reconhece ao bloco competência para negociar, em nome próprio, acordos com terceiros países, grupos de países e organismos internacionais. Cabe mencionar, nesse contexto, o Acordo-Quadro Inter-regional de Cooperação Econômica, firmado em dezembro de 1995, entre o MERCOSUL e a União Européia.

Em seu processo de harmonização tributária, o MERCOSUL contempla a eliminação de tarifas aduaneiras e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias entre os países membros, tendo por horizonte garantir, no futuro, a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos em um mercado comum. A criação de uma Tarifa Externa Comum - TEC (que caracteriza uma união aduaneira), implementada em grande parte desde primeiro de janeiro de 1995, e a adoção de políticas comerciais comuns em relação a terceiros países representam avanços significativos no processo de integração. Assinale-se ainda que, para atender ao cumprimento de políticas econômicas internas, peculiares aos países membros, foi criada lista de exceções tributárias para determinados produtos, cujas alíquotas devem convergir para a TEC até 2006.


Comunidade Andina - CAN

O Pacto Andino foi estabelecido em 1969, tornando-se a Comunidade Andina em 1996.

Compreende os países Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, com uma população de 101 milhões de habitantes e um PNB de 260 milhões de dólares.

Formou uma região de mercado comum e, a partir de 1995 (com a exceção do Peru), adotou uma TEC (Tarifa Externa Comum).

Em 1997, constituiu um acordo comercial com o MERCOSUL. Desse modo, prevê-se a união deste bloco com o MERCOSUL, devido à força expressiva deste último, a fim de fortalecer a América Latina nas discussões da ALCA.



Sistema Geral de Preferências - SGP

O Sistema Geral de Preferências (SGP), criado em 1970, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), permite aos países desenvolvidos conceder isenção ou redução do imposto de importação sobre determinados produtos procedentes de países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil. (O SGP é uma concessão unilateral de países desenvolvidos a países em desenvolvimento).

Segundo dados da SECEX, do total de US$ 10,8 bilhões de exportações brasileiras para os EUA, em 1999, US$ 2,2 bilhões (ou seja, 20,3 por cento) corresponderam a vendas com tratamento preferencial no âmbito do SGP. No caso da União Européia, de um total de US$ 13,7 bilhões, US$ 6,4 bilhões (46,6 por cento) beneficiaram-se do SGP, em 1999. Para o Japão, beneficiaram-se do SGP, no ano passado, US$ 382,9 milhões (17,47 por cento), de um total de US$ 2,1 bilhões. Quanto ao Canadá, de um total de US$ 513,1 milhões de exportações brasileiras, US$ 255 milhões (49,7 por cento) corresponderam a vendas beneficiadas pelo SGP.



Asean

Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), integrada por Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Brunei. A rede do secretariado geral fica em Jacarta, na Indonésia. Surge em 1967 com o objetivo de acelerar o progresso econômico e aumentar a estabilidade regional. Em 1988 é criado o Fundo Asean, com capital de US$ 150 milhões, para financiar a indústria da região. A organização incentiva a produção de bens complementares (de autopeças, por exemplo), que têm os países-membros como compradores preferenciais. Em 1992, é assinado acordo para acabar em 2008 com as barreiras econômicas e alfandegárias entre esses países. A Asean também prevê a cooperação nas áreas de transporte, comunicação, segurança, relações externas, indústria, finanças, agricultura, energia, transporte, tecnologia, educação, turismo e cultura. Em julho de 1993, a Asean decide se inserir como um movimento dentro da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).



Associação Européia de Livre-Comércio - EFTA

A EFTA, criada em 1960, conta hoje apenas com a Suíça, Islândia, Liechtenstein e Noruega como países membros.
Apec

A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) é um bloco econômico que integra Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Cingapura, Formosa (Taiwan), Tailândia e Estados Unidos. Surge em 1989, na Austrália, como um fórum de conversações informais entre os países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Prevê a cooperação nas áreas de comércio e investimentos. Adquire contornos de bloco econômico em 1993, com a Conferência de Seattle, nos EUA. Em 1994, é estabelecido que as negociações para a eliminação das barreiras comerciais tenham início no ano 2000 e sejam completadas num período de dez anos nos países desenvolvidos, em 15 anos nas economias recém-industrializadas e em 20 anos nas nações em desenvolvimento. A partir de sua consolidação, será o maior bloco econômico do mundo, totalizando 50% da produção mundial e envolvendo 46% do comércio global.



Mercado Comum Centro Americano - MCCA

O MCCA foi criado em 1960 e implementado em 1963, com os países Guatemala, El Salvador, Honduras, Costa Rica e Nicarágua. Eles adotaram uma TEC (Tarifa Externa Comum) e atualmente participam ativamente no processo de implementação da ALCA.



Caricom

O Mercado Comum da Comunidade do Caribe (Caricom) é um bloco de cooperação econômica estabelecido pelo Tratado de Chaguaramas em 4 de julho de 1973. É integrado por 12 países e três territórios: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Turks e Caicos e Montserrat. O Caricom substitui a Associação do Livre-Comércio do Caribe (Carifta), criada em 1967.



Organização Mundial do Comércio O M C.

Antecedentes: A OMC foi estabelecida em 1 de janeiro de 1995 e criada nas negociações da rodada do Uruguai (1986-94). A organização internacional que procedeu a OMC foi o GATT, apesar que hoje os acordos do GATT continuam sendo parte dos acordos da OMC. O GATT foi substituído pela OMC, pois nâo tinha nenhuma base legal e além disso só lidava com o comércio de mercadoria. Na rodada do Uruguai as regras foram estendidas para serviços, mercadorias e propriedade intelectual (patente). Assim foi criada a OMC que teria uma base legal mais forte e que acobertasse todas as faces do comércio.

Sede: A sede da OMC fica em Genebra/Suíça com 132 países membros.

Propósitos: A OMC regulariza e organiza o comércio internacional, resolvendo diferenças comerciais entre os países, ajudando a facilitar o comércio.


SADC

Southern African Development Community
A SADC (Comunidade da África Austral) teve início em agosto de 1992. Apresenta uma população total de 137 milhões de habitantes e um PIB total de US$ 146 milhões.
Atualmente, discute-se a cooperação econômica, sendo estes os países participantes: Angola, República Democrática do Congo, Malawi, Moçambique, Seychelles, Swaziland, Zimbabwe, Botswana, Lesotho, Mauritus, Namíbia, África do Sul e Tanzânia.

As Fases da Integração Econômica

Cinco são as fases de integração econômica entre países:

a. zona de livre comércio: as barreiras ao comércio de bens entre países membros são eliminadas, mas estes mantêm autonomia na administração de sua política comercial;

b. união aduaneira: a circulação interna de bens e serviços é livre, a política comercial é uniformizada e os países membros utilizam uma tarifa externa comum;

c. mercado comum: superada a fase de união aduaneira, atinge-se uma forma mais elevada de integração econômica, em que são abolidas não apenas as restrições sobre os produtos negociados, mas também as restrições aos fatores produtivos (trabalho e capital);

d. união econômica: essa fase associa a supressão de restrições sobre investimentos de mercadorias e fatores com um certo grau de harmonização das políticas econômicas nacionais, de forma a abolir as discriminações resultantes de disparidades existentes entre essas políticas, tornando-as o mais semelhante possível;

e. integração econômica total: passa-se a adotar uma política monetária, fiscal, social e anticíclica uniforme, bem como se delega a uma autoridade supranacional poderes para elaborar e aplicar essas políticas. As decisões dessa autoridade devem ser acatadas por todos os estados membros.



MERCOSUL



O QUE É O MERCOSUL?

Desde 1º de janeiro de 1995, Argentina, Brasil Paraguai e Uruguai, os países membros do Mercosul (Mercado Comum do Sul), passam a cobrar tarifas idênticas nas suas importações. A TEC (Tarifa Externa Comum) abrange 85% dos produtos negociados.

Os 15% restantes terão um prazo maior de adaptação (variando de 2001 a 2006). Em 1995, estes países formaram uma união aduaneira com quase 190 milhões de consumidores potenciais e um PIB (Produto Interno Bruto) total de mais de meio trilhão de dólares d terão 12 anos para dar o passo seguinte: construir um mercado comum e, ao mesmo tempo, conquistar a estabilidade econômica e superar o subdesenvolvimento social. Ao contrário das experiências anteriores, desta vez a integração deixou os gabinetes e consolidou-se com negócios. Mais de 300 empresas brasileiras estão investindo na Argentina e o comércio regional deu um salto de 34% ao ano desde 1990. O Mercosul pode mudar o mapa da América do Sul. Seus países são:

A função da união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - o Mercosul tem como objetivo melhorar as economias dos mesmos com uma aliança. Alem de poderem contar com o apoio destes países o intercâmbio de produtos, culturas e raças esta sendo muito importante para suas independências, pois ainda são colônias de si mesmas. Apesar de todos as diferenças entre estes países o Mercosul como a globalização ele está em pleno vigor.

A crise da Argentina

A atual crise na Argentina começou com escândalo de suborno no Senado:

A crise
Denúncia de corrupção no Senado foi a primeira crise política enfrentada pelo governo de Fernando de la Rúa.

A reforma trabalhista
Aprovada no primeiro semestre, flexibilizou o mercado de trabalho, facilitando a contratação e a demissão de funcionários.

O suborno
Senadores da oposição e da situação teriam dividido US$ 10 milhões para aprovar a reforma trabalhista, de interesse do governo e da iniciativa privada.

A investigação
A Justiça convocou senadores para depor e uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada pelo Senado para se auto-investigar.

O delator
Antônio Cafiero, senador do Partido Justicialista (PJ, oposição) teria entregue à Justiça os nomes de três senadores que receberam US$ 50 mil para votar a favor da reforma.

A defesa
Alvarez, na época vice-presidente da República e líder do Senado, pediu à Justiça que investigasse o caso a fundo para esclarecer todas as suspeitas. Queria provar a inocência do governo ou pelo menos mostrar transparência.

O articulador
Alberto Flamarique, ministro do Trabalho, foi responsável por negociar a aprovação da reforma. Ele também renunciou ontem.



Bolsa e governo tentam resgatar mercado argentino

Terça, 05 de dezembro de 2000, 12h52min


A Bolsa de Valores de Buenos Aires, o Instituto Argentino de Mercado de Capitais e o governo argentino iniciaram uma verdadeira operação de resgate para evitar que o mercado de capitais do país caia de vez no abismo. A Comissão Nacional de Valores (a CVM argentina) reconhece que, apesar de rentável, o mercado argentino desaparecerá se não for feita alguma operação para desviá-lo do rumo que está tomando. Nos últimos dez anos, por exemplo, 109 companhias de capital aberto deixaram de ser listadas na Bolsa de Buenos Aires e, das 650 empresas que negociavam suas ações no início da década de 90, restam apenas 124.

As empresas recentemente privatizadas, que no início da década de 90 sustentava a principal bolsa argentina, praticamente desapareceram e os investidores optaram por mercados com maior liquidez, como os de Nova York, Frankfurt e Tóquio. Em menos de um ano, o índice Merval da Bolsa de Buenos Aires perdeu papéis da YPF (quando se transformou em Repsol-YPF) do Banco Rio (hoje em mãos do Banco Santader Central Hispano), da Telefónica Argentina (agora sob controle total do Grupo Telefónica) e da argentina Pérez Companc. Os papéis dessas companhias são hoje negociados em Madri ou em Wall Street.

No ano passado, o volume negociado na Bolsa de Buenos Aires somou apenas US$ 691 milhões, enquanto que em ADRs os negócios alcançaram US$ 1,49 bilhão. De acordo com a CNV, os investidores estão pouco interessados onde operar ou onde são negociadas as ações das companhias. O que todos buscam é pagar a menor comissão possível. O custo para operar com ADRs na Argentina, por exemplo, é de US$ 0,38, já em Nova York não passa de US$ 0,05. Além disso, as empresas listadas em Wall Street têm financiamentos com custos bem menores. Um informe do Banco Mundial (Bird) mostra que, entre 1989 e 1999, 122 empresas da Argentina, Brasil e México abriram seu capital em Wall Street. Hoje, cerca de 104 empresas da região tem ADRs negociadas na Bolsa de Nova York e 254 na Nasdaq.

Mas o cenário negro no mercado de capitais do país não termina aí. Na Argentina, apenas 26% das empresas que faturam mais de US$ 500 milhões são cotadas em bolsa. Das companhias que faturam entre US$ 50 milhões e US$ 500 milhões, apenas 10% tem suas ações no mercado de capitais. De acordo com dados da McKinsey, o porcentual de capitalização na Argentina em relação ao PIB não passa de 28% (US$ 84 bilhões, considerando um PIB de US$ 300 bilhões), enquanto que no Brasil e no México essa capitalização oscila entre 42% e 44% do PIB. Porcentuais que perdem de longe para Londres (234%) e Nova York (210%).

O processo parece irreversível, mas o governo argentino, a Bolsa de Buenos Aires e Instituto de Mercado de Capitais acreditam o contrário e estão dispostos a tirar o mercado argentino do buraco. Há mais de um mês, o secretário de Finanças Daniel Marx, vem elaborando um plano que permita transformar a Bolsa argentina em um mercado mais competitivo, que permita atrair maiores volumes de negócios. Neste período de crise política e econômica, por exemplo, o volume negociado na Bolsa de Buenos Aires tem oscilado entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões por dia.

Marx quer concluir o projeto de reestruturação do mercado até o final do primeiro trimestre de 2001. Entre as medias estão o estabelecimento de novos mecanismos de liquidação e compensação de títulos. Devem ser colocadas em prática também iniciativas que permitam promover a difusão do mercado de capitais e a participação dos minoritários. Para isso, já foi lançado o site (poupar em espanhol). Marx quer também a integração da principal bolsa Argentina com as bolsas dos mercados do Interior. Espera-se também a criação de uma rede de liquidação internacional.

O secretário acredita que é necessário dar maior segurança jurídica aos investidores e melhor infra-estrutura ao mercado de capitais, além de uma maior transparência. "Os movimentos de capitais são cada vez maiores, têm menos barreiras e custam menos. Por isso, muitos dos que usam o mercado conseguem, algumas vezes, satisfazer as suas necessidades, tanto vendendo como comprando títulos fora da Argentina", analisa Marx.

O secretário acredita que a Argentina precisa de um modelo de mercado eficiente, barato e com boa relação custo/benefício para os investidores. "O que estamos buscando é montar um sistema que nos conecte ao mundo", diz.

Dia 4, durante um longo seminário sobre mercado de capitais realizado na Embaixada do Brasil, os argentinos elogiaram muito o modelo adotado no País e a legislação brasileira.


ONU - Organização das Nações Unidas



Organização das Nações Unidas (ONU), é uma organização internacional das nações baseada na igualdade soberana de seus membros. Segundo sua carta de constituição, a ONU foi criada para “manter a paz e a segurança internacionais”, “desenvolver relações de amizade entre as nações”, “alcançar uma cooperação internacional fundada sobre as relações de amizade entre as nações”, “alcançar uma cooperação internacional na solução de problemas econômicos, sociais, culturais ou humanitários” e “fomentar o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais”. Seus membros se comprometem a cumprir as obrigações que assumiram, a resolver disputas internacionais através de meios pacíficos, a não utilizar a ameaça ou o uso da força, a ajudar a ONU em ações organizadas em concordância com a carta e a não ajudar um país contra o qual a ONU tenha dirigido essas ações, bem como a atuar de acordo com os princípios da carta. A Organização das Nações Unidas é tida como a sucessora da Sociedade das Nações. Foi fundada em São Francisco, onde delegados procedentes de 50 nações se reuniram no dia 25 de abril de 1945 para a que ficou oficialmente conhecida como a Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional. Nesse mesmo ano, estabeleceu sua sede em Nova York. Hoje em dia, quase todos os estados do mundo pertencem à organização.

ORGANIZAÇÃO

A carta da ONU estabeleceu seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Os custos operacionais da ONU são cobertos com as contribuições feitas pelos estados-membros de acordo com um programa de cotas aprovado pela Assembléia Geral. Apenas o orçamento regular, destinado a atividades em curso definidas na carta, é coberto com cotas fixas. Longe de serem um governo mundial, as Nações Unidas são um instrumento muito flexível mediante o qual as nações podem se ajudar para solucionar seus problemas. O grau de cooperação e utilização da ONU de forma criativa depende da visão que cada um dos governos e povos tem das relações com os demais e do modo como imaginam seu lugar no futuro da humanidade.

Os Oceanos



As explicações da ciência para a origem dos oceanos são tão complexas como interessantes. Pensa-se que até um certo tempo na história da Terra — muito antes da formação dos atuais continentes — existiria uma grossa, pesada e quentíssima massa de nuvens envolvendo toda a Terra. Dessa forma, todos os materiais que um dia viriam a constituir a hidrosfera de nosso planeta estariam sob a forma gasosa, nessa primeira atmosfera terrestre. Quando o resfriamento da crosta atingiu uma temperatura critica — ainda que muito elevada — tornou-se impossível a manutenção de todos as materiais líquidos sob estado gasoso. Então, grossas chuvas quentes, de grande poder de erosão, iniciaram o primeiro ciclo hidrológico da Terra. Uma parte da água dessas precipitações voltava à atmosfera pôr intensa evaporação. O restante preencheu as depressões primárias da superfície do globo, vindo a formar o primeiro grande oceano de nosso planeta.

Existem razões para se pensar que, por muito tempo, houve um oceano principal (o Paleopacífico) e um gigantesco bloco de terras emersas (o continente de Gondwana), que reunia América, África, Europa, Ásia e Austrália, e que se manteve uno por dezenas de milhões de anos. Sua fragmentação, porém, iniciou-se em meados da Era Mesozóica, há cerca de 180 milhões de anos, originando a divisão do mar único em um mosaico de oceanos e continentes.

As ideias básicas sobre a fragmentação do continente de Gondwana foram estabelecidas pelo gênio do cientista alemão AIfred Wegener (1880-1930).



As grande depressões oceânicas

O Atlântico tem a forma aproximada de um "S", que se estende no sentido dos meridianos, e separa a Europa e a África das Américas; ao norte comunica-se com o oceano Glacial Ártico, por meio do mar da Noruega e de vários estreitos; ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico; a sudeste liga-se ao Indico, e a sudoeste ao Pacifico, através do estreito de Magalhães. Por sua localização, o Atlântico é o mais importante dos oceanos, por ele transitam navios de todo tipo, interligando os mais importantes centros comerciais, industriais e culturais do mundo, situados na Europa e na América do Norte.

O oceano Pacifico cobre mais de um terço da superfície do globo terrestre. Suas águas se estendem entre as Américas, a Ásia, a Austrália e o continente Antártico. Ao sul, comunica-se com o oceano Glacial Antártico. Une-se ao Índico pelo estreito de Malaca e das ilhas de Sonda. O primeiro europeu a visitá-lo parece ter sido o espanhol Vasco Núñez de Balboa, que, em 1513, atravessou o istmo do Panamá e deparou com as águas do Pacifico.

O oceano Indico, situado na região intertropical ou tórrida, durante muito tempo foi chamado mar das Índias. É o menor dos oceanos. Fechado inteiramente ao norte pela Ásia, a oeste limita-se com a África e a leste com a Austrália e o arquipélago de Sonda. Ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico.

Nas regiões polares, há dois oceanos que são, na verdade, prolongamentos do Atlântico, do Pacífico e do Índico. No pólo norte, fica o oceano Glacial Ártico, explorado no século XIX; no sul, está o Glacial Antártica. Ambos permanecem congelados a maior parte do tempo e pouco se sabe de seu relevo submarino.



Oceano Atlântico

OCEANO ATLÂNTICO

Superfície: mais de 106 milhões de km2

Profundidade média: 3 926m

Profundidade máxima (fossa de Porto Rico): 8 742 m

Temperatura máxima: 27ºC

Salinidade média: 35 %

MARES SECUNDÁRIOS

Oceano Glacial Ártico, Mar Mediterrâneo, Golfo do México, Mar das Antilhas, Mar de Baffin, Mar do Norte, Mar Báltlco, Mar da Mencha, Mar da Irlanda, Baia de Hudson, Mar Negro, Mar da Noruega.

O oceano Atlântico, basicamente, é uma bacia imensa que se estende de norte a sul desde o oceano Glacial Ártico, ao norte, até o oceano Glacial Antártico, ao sul. Ocupa mais de 106 milhões de km2 de superfície total.

O limite entre o Atlântico norte e o oceano Glacial Ártico foi estabelecido de forma arbitrária, com base em cordilheiras submarinas que se estendem entre as massas de terra da ilha de Baffin, Groenlândia e Escócia. Contudo, ficou mais fácil marcar o limite com o mar Mediterrâneo na altura do estreito de Gibraltar, e com o mar do Caribe, ao longo do arco formado pelas ilhas do Caribe. O Atlântico sul está separado de forma arbitrária do oceano Índico pelo meridiano de 20° longitude E, e do Pacífico, a oeste, pela linha de maior profundidade que se estende entre o cabo de Hornos e a península Antártica.

O oceano Atlântico começou a formar-se há 150 milhões de anos, quando se afastou do grande continente de Gondwana como resultado da separação da América do Sul e da África, que ainda continua, com uma progressão de vários centímetros por ano ao longo da dorsal submarina Meso-atlântica, cadeia montanhosa que se estende de norte a sul, com aproximadamente 1.500 km de largura, na qual ocorrem freqüentes erupções vulcânicas e terremotos.

As cadeias submarinas se estendem de forma desigual de leste a oeste entre as plataformas continentais e a dorsal Meso-atlântica, dividindo os fundos oceânicos em uma série de bacias conhecidas como planícies abissais. As quatro bacias do lado americano têm uma profundidade de mais de 5.000 m e são: a bacia Norte-americana, a da Guiana, a do Brasil e a Argentina. O perfil euro-africano está marcado por várias bacias de menor profundidade: a bacia da Europa ocidental, Canárias, Cabo Verde, Serra Leoa, Guiné, Angola, Cabo e Cabo Agulhas. A grande bacia Atlântica-antártica se estende ao longo da área mais meridional da cordilheira Meso-atlântica e da Antártica.

Seu relevo submarino tem sido explorado desde o princípio do século XX. O traço dominante é uma cordilheira — a Dorsal Mediana ou cadeia Meso-atlântica — que se estende, semelhante a um S, desde a Islândia até a ilha Bouvet, na Antártida. Tem de 2 000 a 2 500 m de profundidade e divide o Atlântico em duas depressões: oriental e ocidental. Na zona do equador, a Dorsal é interrompida pelo estreito de Romanche, uma depressão que chega a atingir 6 000 m abaixo do nível do mar. Em alguns trechos, a cordilheira expande-se e forma planaltos, como o do Telégrafo, entre a Europa e a América do Norte. É uma área de vulcanismo que, ao emergir, formou ilhas como as de Açores. As ilhas Ascensão, Santa Helena e Tristão da Cunha, entre a África e a América do Sul, são também partes emersas da cordilheira.

Da Dorsal partem soleiras, ou seja, elevações alongadas, algumas das quais limitam depressões (bacias oceânicas), que se alinham de um e outro lado da cordilheira. Na região equatorial originam-se a soleira do Pará, em direção ao Brasil, e a soleira de Serra Leoa, em direção à África, dividindo o Atlântico em duas porções: setentrional e meridional. Na primeira encontram-se duas bacias principais: a Norte-Americana e a Euro-Africana. São duas também as bacias do Atlântico Sul: a Brasileira e a Argentina. As formas do relevo submarino são cobertas por uma camada mais ou menos espessa de sedimentos, exceto nos locais onde as correntes marinhas são muito fortes, ou as formas do relevo muito acentuadas.

Os recortes do litoral continental e as ilhas formam mares mais ou menos fechados, com algumas características próprias, porém dependentes do oceano. Um exemplo é o Mediterrâneo, entre Eurásia e África.

As ilhas mais extensas situadas em sua totalidade no oceano Atlântico constituem um prolongamento das plataformas continentais, como Terranova, ilhas Britânicas, arquipélago das Malvinas e ilhas Sandwich do Sul, na plataforma da Antártida. As ilhas oceânicas de origem vulcânica são menos comuns do que no Pacífico; entre elas se encontram as do arco insular do Caribe, Madeira, Canárias, Cabo Verde, o grupo de São Tomé e Príncipe, Açores, Penedo de São Pedro e São Paulo, Ascensão e o arquipélago de Tristão da Cunha. A ilha maior é a Islândia.

O sistema de circulação superficial das águas do Atlântico pode ser representado como dois grandes vórtices ou remoinhos, ou sistemas de corrente circular: uma no Atlântico norte e outra no Atlântico sul. Estas correntes são provocadas pela ação dos ventos alísios e também pela rotação da Terra. As do Atlântico norte, entre as quais se encontram as correntes Norte-equatoriais, a das Canárias e a corrente do Golfo, movem-se no sentido horário. As do Atlântico sul, entre as quais se destacam a do Brasil, a de Benguela e a corrente Sul-equatorial, se orientam no sentido anti-horário.

O Atlântico recebe águas da maioria dos rios mais importantes do mundo, como o São Lourenço, Mississippi, Orinoco, Amazonas, Paraná, Congo, Níger e Loire.

O oceano Atlântico conta com alguns dos bancos pesqueiros mais produtivos do mundo. As áreas com afloramento, nas quais as águas profundas do oceano ricas em nutrientes sobem para a superfície, possuem abundante fauna marítima. O oceano é rico em recursos minerais, e as plataformas e taludes continentais possuem abundantes combustíveis fósseis.



Oceano Pacífico

OCEANO PACÍFICO

Superfície: 165 000 000 km2

Profundidade média: 4 282 m

Profundidade máxima (fossa das Marianas): 11 033 m

Temperatura máxima: 32ºC

Salinidade média: 32,5 %

MARES SECUNDÁRIOS

Oceano Glacial Antártico, Mar de Bering, Mar de Okhotsk, Mar do Japão, Mar da china Oriental, Mar da China Meridional, Mar de Java, Mar de Arafura, Mar de Corais, Mar da Taemfinia, Mar de Sonda, Golfo da Califórnia.

É o mais extenso e profundo dos oceanos do mundo. Abarca mais de um terço da superfície da Terra e contém mais da metade do seu volume de água. Costuma-se fazer, de forma artificial, uma divisão a partir do equador: o Pacífico norte e o Pacífico sul. Foi descoberto em 1513 pelo espanhol Vasco Nunes de Balboa, que o chamou de mar do Sul.

O oceano Pacífico confina em sua parte oriental com os continentes da América do Norte e do Sul, ao norte com o estreito de Bering, a oeste com a Ásia, o arquipélago da Indonésia e a Austrália, e ao sul com a Antártida. Ao sudeste, é dividido do oceano Atlântico de forma arbitrária pela passagem de Drake, aos 68° longitude O. Ao sudoeste, a linha divisória que o separa do oceano Índico ainda não foi estabelecida de forma oficial. Além dos mares limítrofes que se prolongam por sua irregular orla ocidental, o Pacífico conta com uma área de cerca de 165 milhões de km2 e tem uma profundidade média de 4.282 m, embora o ponto máximo conhecido se encontre na Fossa das Marianas a 11.033 m de profundidade.



O Pacífico é a bacia oceânica mais antiga. Segundo as rochas datadas, têm cerca de 200 milhões de anos. As características mais importantes, tanto da bacia quanto do talude continental, foram configuradas de acordo com fenômenos associados com a tectônica de placas. A plataforma oceânica, que se estende até profundidades de 200 m, é bastante estreita em toda a América do Norte e do Sul; contudo, é relativamente larga na Ásia e na Austrália.

Vizinha à América, há uma cordilheira submarina, a Dorsal do Pacifico Oriental ou da ilha da Páscoa, que se estende por cerca de 8.700 km desde o golfo da Califórnia até um ponto a cerca de 3.600 km a oeste do extremo meridional da América do Sul. Alarga-se na região equatorial, para formar o planalto de Albatroz, onde se erguem as ilhas dos Cocos e Galápagos. Mais ao sul, na latitude da ilha da Páscoa, encontra-se outro planalto, que se aproxima da América do Sul e inclui as ilhas de S. Félix e João Fernandes. Esses planaltos compõem, juntamente com a Dorsal, duas bacias: de Guatemala e do Peru. A sudoeste da Dorsal abre-se uma terceira bacia, a do Pacífico Sul. Na região central, uma fossa alongada divide o oceano em duas zonas: setentrional e meridional. E ainda nesta região as ilhas Havaí são os picos da cordilheira submarina que emergem.

As ilhas maiores da região ocidental formam arcos insulares vulcânicos que se elevam desde a extensa plataforma continental ao longo do extremo oriental da placa euro-asiática. Compreende o Japão, Taiwan, Filipinas, Indonésia, Nova Guiné e Nova Zelândia. As ilhas oceânicas, denominadas em conjunto Oceania, são os picos das montanhas que surgiram na bacia oceânica por extrusão de rochas magmáticas. O oceano Pacífico conta com mais de 30.000 ilhas deste tipo. Em muitas regiões, em especial no Pacífico sul, os acidentes básicos da topografia da superfície marinha são constituídos pelas acumulações de recifes de coral. Ao longo da orla oriental do Pacífico, a plataforma continental é estreita e escarpada, com poucas ilhas; os grupos mais importantes são as ilhas Galápagos, Aleutas e Havaí.

As forças motrizes das correntes oceânicas são a rotação da Terra, o atrito do ar com a superfície da água e as variações da densidade da água do mar.

Além dos atóis, são típicos do Pacífico os guyots (montanhas submarinas semelhantes a cones truncados) e a estreita plataforma continental, cuja largura média é de 70 km.

As maiores profundidades situam-se em geral próximas às costas dos continentes ou a grupos de ilhas. A fossa mais profunda é a das ilhas Marianas; 11 022 m. As outras são as das ilhas Kennadec (9 476 m), das ilhas Filipinas (fossa de Mindanao, 10 830 m), da ilha de Tonga (9 184 m), das ilhas Kurilas (9 144 m’). Por isso, o oceano Pacífico detém o recorde. de maior média de profundidade.

Junto às profundas fossas, desde o Alasca até o sul da Índia, estendem-se as "guirlandas" insulares, ou cordões de ilhas vulcânicas. Nessa área, o Pacifico é convulsionado por fortes terremotos e maremotos.

O modelo de correntes do Pacífico norte consiste em um movimento, o sistema circular de dois vórtices. O Pacífico norte está dominado pela célula central norte, que circula no sentido horário e compreende a corrente do Pacífico norte, a corrente da Califórnia e a corrente de Kuroshio. A corrente da Califórnia é fria, extensa e lenta, enquanto a de Kuroshio é quente, estreita, rápida e parecida com a do Golfo. Perto do equador, a 5° latitude N, o fluxo para o leste da contracorrente Equatorial separa os sistemas de correntes do Pacífico norte e sul. O Pacífico sul encontra-se dominado pelo movimento no sentido anti-horário da célula central sul, que compreende a corrente Sul-equatorial, a corrente do Pacífico sul e a corrente de Humboldt. No extremo sul está localizada a corrente Antártica Circumpolar; é a fonte mais importante de circulação oceânica em profundidade. Ali nasce a extensa e fria corrente do Peru, ou de Humboldt.

O importante sistema de ventos do oceano Pacífico é formado por dois cinturões iguais de correntes que se dirigem para oeste e que sopram de oeste a leste entre 30° e 60° de latitude, um no hemisfério norte e outro no sul. Os constantes alísios se encontram ladeados pelos ventos de oeste, sopram desde leste no hemisfério norte e desde oeste no sul. As fortes tormentas tropicais, denominadas tufões no Pacífico ocidental e furacões no Pacífico meridional e oriental, originam-se no cinturão dos alísios no fim da estação estival e nos primeiros meses do outono.

As águas ricas em nutrientes procedentes da corrente Circumpolar Antártica sobem à superfície na corrente de Humboldt ao longo da costa do Chile e do Peru, e toda a região possui bancos de anchovas de grande importância mundial como recurso alimentício. As aves marinhas se alimentam desses bancos de anchova, do que resulta grande quantidade de guano (excremento dessas aves), utilizado entre outras coisas como fonte energética. O Pacífico noroeste, que compreende o mar do Japão e o mar de Okhotsk, por outro lado, é uma das maiores reservas pesqueiras do mundo. Os recifes de coral, ricos em fauna marinha, alcançam sua maior representatividade na Grande Barreira de Coral. Também o Pacífico tem começado a ser explorado por seus imensos recursos minerais, tais como as grandes reservas de petróleo. Ver também Oceanos e oceanografia; Terra (planeta).






Placas Tectônicas


O conceito das Placas Tectônicas é relativamente recente, e revolucionou a Ciência do século 20. Este conceito propõe que todos os terremotos, atividade vulcânica, e processos de construção de montanha são causados pelo movimento de blocos rígidos chamado placas que compõem a capa da superfície da Terra, ou litosfera (lithosphere).
Em 1912, Alfred Wegner colocou sua teoria que a crosta terrestre era segmenta em doze grandes zonas que denominou de placas tectônicas, que estão em contínua modificação, e que os continentes se haviam formado a partir de um único continente chamado Pangea.
Os movimentos de deriva foi o que deu lugar a formação dos atuais continentes que se formaram a partir do Pangea.
Pela Teoria das Placas Tectônicas, a superfície da Terra está composta de uma dúzia de grandes placas e outras várias de menor tamanho.
Várias razões levaram a formação do conceito das placas tectônicas e da deriva dos continentes:
No alargamento dos mares, quando o magma esfria e se solidifica no solo submarino, os minerais magnéticos do material novo se solidificam de acordo com a polaridade do campo magnético da Terra na ocasião de seu resfriamento.
Quando o campo magnético da Terra reverte sua polaridade, o novo magma se solidifica adquirindo a polaridade inversa.
Assim a crosta oceânica possui o registro da própria formação, com a primeira mudança de polaridade registrada próximo ao limite entre as placas, onde a lava atinge a superfície e as mais antigas, próximas dos margens continentais, formadas quando o oceano era jovem em torno de 180 a 200 milhões de anos.

Isso demonstra que os continentes devem ter se movido em direções opostas abrindo espaço para o oceano desde a Era Jurássica.

Outra confirmação do conceito veio do estudo da distribuição de estruturas geológicas que passam de um continente para outro.

Geologistas da Universidade de Cambridge usaram o computador para colocar todos os continentes e ilhas da Terra juntos como num quebra-cabeças, considerando contornos submarinos. O resultado foi impressionante, apresentando muito poucos buracos e sobreposições.

Comparando a estrutura e composição das rochas e solo dos continentes que o modelo indica terem sido um só, confirmando que o modelo é bem próximo ao correto.

Finalmente o estudo da fauna marinha e flora das diferentes áreas durante os anos também apresenta provas do movimento dos continentes.
Os modelos de Interação entre as Placas Tectônicas são quatro:
Subducção - ocorre onde duas placas de espessura semelhante entram em contato entre si.
Deslizamento - se produz quando duas placas oceânicas entram em contato, ou também uma placa continental e uma oceânica.
Extrusão - este fenômeno ocorre quando se juntam duas delgadas placas tectônicas que deslizam em direções opostas, como é o caso do contacto de duas placas do fundo oceânico.
Acrecencia - acontecem quando há um leve impacto entre uma placa oceânica e uma continental.
McAlester associa os movimentos das placas com a energia calorífica concentrada abaixo da litosfera.
Rikitake indica que o esquema general de desarranjo das placas, está relacionado com os movimentos de convecção das camadas inferiores, as quais estão em estado viscoso devido ao calor.
Nas zonas de extrusão aparece uma ''nova crosta'', enquanto nas zonas de subducção as placas que penetram por baixo se fundem, por efeito do calor liberado na interação entre as placas baixas sob condições de elevada pressão, dando lugar ao magma. O que explicaria a freqüência de vulcões ativos situados nestas zonas de subducção.
Os limites entre as placas são de três tipos:
Onde elas se afastam, no meio do oceano, nova crosta se forma com o material expelido do interior da Terra;
Onde uma placa avança para baixo de outra, parte da placa é consumida pela alta temperatura das camadas inferiores;
Onde as placas se movem em direções opostas, causando falhas.
Acredita-se que os atuais oceanos da Terra foram formados pela geração de nova crosta entre placas que se afastaram; e que a convergência de placas deu origem a cadeias de montanhas.
Os oceanos da Terra encontram-se em diferentes estágios de formação:
O Oceano Pacífico é antigo e já está diminuindo em ambos os lados, o que poderá resultar na colisão da Ásia com as Américas.
O Oceano Índico está crescendo no oeste e diminuindo no leste.
O Atlântico encontra-se ainda em expansão em ambos os lados.
O Mar Vermelho é o embrião de um futuro oceano.
Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região dos Himalaias, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.

Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas.

Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas.
O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam.

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